ALGUÉM CONTIGO

| terça-feira, 17 de maio de 2011

Nunca estarás a sós.
Ante a névoa das lágrimas, quando a incompreensão de outrem te agite os 
sentimentos, lembra-te de alguém que sempre te oferece entendimento e 
conforto.
Ante a deserção de pessoas queridas, quando mais necessitavas de presença e 
segurança, pensa nesse benfeitor oculto que jamais te abandona.
Ante as ameaças do desânimo, nos obstáculos para a concretização de tuas 
esperanças mais belas, considera o amparo desse amigo certo que, em tempo 
algum, te recusa bom ânimo.
Ante a queda iminente na irritação, capaz de induzir-te à delinqüência, 
refugia-te no clima desse doador de serenidade que te guarda o coração nas 
bênçãos da paz.
Ante as sugestões do desequilíbrio emotivo, suscetíveis de te impulsionarem 
a esquecer encargos que assumiste, reflete no mentor abnegado que jamais te 
nega defesa, para que usufruas a tranqüilidade de consciência.
Ante prejuízos, muitas vezes causados por amigos aos quais empenhaste 
generosidade e confiança, medita nesse protetor magnânimo que nunca te 
desampara e que promove, em teu favor, sempre que necessário, os recursos 
preciosos à recuperação de que careças.
Ante acusações daqueles que se te fazem adversários gratuitos, 
amargurando-te os dias, eleva-te em pensamento ao instrutor infatigável que 
sempre te convida à tolerância e ao perdão.
Ante as crises da existência que te surgiram revolta e desespero, recorda o 
mestre da paciência que te resguarda constantemente na certeza de que não há 
problemas sem solução para quem trabalha e serve para o bem sem perder a 
esperança.
Ante os desgostos e contratempos que te sejam impostos pelos entes amados, 
não te emaranhes no cipoal das afeições possessivas, refletindo no 
companheiro que te ama desinteressadamente muito antes que te decidisses a 
conhecê-lo.
E quando perguntares quem será esse alguém que nunca te desampara e que te 
garante a vida, em nome de Deus, deixa que os teus ouvidos se recolham aos 
recessos da própria alma e escutarás o coração a dizer-te na intimidade da 
consciência que esse alguém é Jesus.

(De: Algo Mais - Chico Xavier/Emmanuel)

O PODER DA DOÇURA

| sábado, 14 de maio de 2011

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.
Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.
O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras.
Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.
De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, Prêmio Nobel de Literatura de 1913:
Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.
*   *   *
Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas.
E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante.
Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo.
E conseguem modificar muitas coisas. Um sábio exemplo foi de Madre Teresa de Calcutá.
Antes dela e depois dela tem se falado em altos brados sobre miséria, fome e enfermidades que tomam comunidades inteiras.
Ela observou a miséria, a morte e a fome rondando os seus irmãos, na Índia. Tomou uma decisão. Agiu. Começou sozinha, amparando nos braços um desconhecido que estava à beira da morte nas ruas de Calcutá.
Fundou uma obra que se espalhou, com suas Casas de Caridade, por todas as nações.
Teve a coragem de se dirigir a governantes e homens públicos para falar de reverência à vida, de amor, de ação.
Não gritou, não esbravejou. Cantou a música do amor, pedindo pão e afeto aos pobres mais pobres.
Deixou o mundo físico mas conseguiu insculpir as linhas mestras do seu ideal em centenas de corações. Como a água mansa, ela cantou nos corações e os conquistou, amoldando-os para a dedicação ao seu semelhante.
*   *   *
Há muito amor em sua estrada que, por enquanto, você não consegue valorizar...
Busque se aplicar no dom de ver e, vendo a ação da presença do Criador, que é amor, na expressão mais alta, como conceituou o Apóstolo João, faça de sua passagem pelo mundo um dia feliz.
Se você espera ser útil e desaprova a paralisia do coração, procure amar, porque todos os mistérios da vida e da morte se encontram no amor... pois o amor é Deus!

Redação do Momento Espírita, com pensamento finais do cap. 22 do livro Rosângela, pelo Espírito homônimo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 26.04.2011.
 

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