MÃE SOZINHA

| sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Dizem "mulher da alegria",
Quando ela passa na rua;
A pobre mãe continua,
Os olhos fitos no chão!...
Quanto fel, quanta agonia
Nessa mulher que condenas!...
Ninguém lhe conhece as penas
Cravadas no coração.
Tristeza no desconforto,
Sem palavra que a revele,
Trapos dourados na pele,
Traz a angústia por dever.
Viúva de um vivo morto,
Ei-la que segue sozinha,
Tem ao longe, a pobrezinha,
Um filho quase a morrer.
Já bateu a tanta porta,
Já pediu a tanta gente!...
Dói-lhe a ferida pungente
De ter sido mãe sem lar;
Abatida, semimorta,
Apenas vê no caminho
A febre e a dor do filhinho
Que a morte lhe quer roubar.
Tu que cresceste na estrada,
Desde o berço de ouro e rendas,
Entre mimos e oferendas
De paz, segurança e luz,
Fita essa mãe desolada,
Na penúria que a consome...
Talvez que ela tenha fome
Ao peso da própria cruz.
Não lhe zombes da amargura,
Também foi criança, um dia,
Brincava, estudava e ria,
Rosa ao fulgor da manhã;
Também foi bela e foi pura,
Hoje, nas mágoas que trilha,
Podia ser nossa filha
Assim como é nossa irmã.
Mãe na dor!... Bendita seja!...
Escrava de toda hora,
Honra as lágrimas que chora,
Nas dores por onde vai!...
Sem esposo que a proteja,
Sem arrimo, sem tutela,
Em Deus que sofre com ela
Encontra a Bênção de Pai.

Ditado pelo Espírito
Irene de Souza Pinto.

ALGUÉM CONTIGO

| terça-feira, 17 de maio de 2011

Nunca estarás a sós.
Ante a névoa das lágrimas, quando a incompreensão de outrem te agite os 
sentimentos, lembra-te de alguém que sempre te oferece entendimento e 
conforto.
Ante a deserção de pessoas queridas, quando mais necessitavas de presença e 
segurança, pensa nesse benfeitor oculto que jamais te abandona.
Ante as ameaças do desânimo, nos obstáculos para a concretização de tuas 
esperanças mais belas, considera o amparo desse amigo certo que, em tempo 
algum, te recusa bom ânimo.
Ante a queda iminente na irritação, capaz de induzir-te à delinqüência, 
refugia-te no clima desse doador de serenidade que te guarda o coração nas 
bênçãos da paz.
Ante as sugestões do desequilíbrio emotivo, suscetíveis de te impulsionarem 
a esquecer encargos que assumiste, reflete no mentor abnegado que jamais te 
nega defesa, para que usufruas a tranqüilidade de consciência.
Ante prejuízos, muitas vezes causados por amigos aos quais empenhaste 
generosidade e confiança, medita nesse protetor magnânimo que nunca te 
desampara e que promove, em teu favor, sempre que necessário, os recursos 
preciosos à recuperação de que careças.
Ante acusações daqueles que se te fazem adversários gratuitos, 
amargurando-te os dias, eleva-te em pensamento ao instrutor infatigável que 
sempre te convida à tolerância e ao perdão.
Ante as crises da existência que te surgiram revolta e desespero, recorda o 
mestre da paciência que te resguarda constantemente na certeza de que não há 
problemas sem solução para quem trabalha e serve para o bem sem perder a 
esperança.
Ante os desgostos e contratempos que te sejam impostos pelos entes amados, 
não te emaranhes no cipoal das afeições possessivas, refletindo no 
companheiro que te ama desinteressadamente muito antes que te decidisses a 
conhecê-lo.
E quando perguntares quem será esse alguém que nunca te desampara e que te 
garante a vida, em nome de Deus, deixa que os teus ouvidos se recolham aos 
recessos da própria alma e escutarás o coração a dizer-te na intimidade da 
consciência que esse alguém é Jesus.

(De: Algo Mais - Chico Xavier/Emmanuel)
 

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